O edifício, com cerca de 50 metros de comprimento por 10 de largura, é de uma só nave. A entrada faz-se por um átrio com duas aberturas para o adro, uma para a torre e outra para a capela. Sobre o adro desenvolve-se o coro, com acesso pela torre que, não sendo muito alta, é elegante e decorativa. Terá sido construída em finais do século XIX.

A capela possui cinco altares, dois dos quais se situam em capelas laterais, sendo estes o mais antigo e o mais recente, respetivamente dedicados à Senhora da Boa Morte e ao Santíssimo Sacramento.

No altar-mor venera-se Nossa Senhora das Preces, uma imagem de pedra adaptada para se poder vestir. Nos altares colaterais estão as imagens de São José, no lado poente, e de Santo António, no lado nascente.

As pinturas dos tetos, tanto da igreja como da sacristia, merecem ser referidas. Na igreja são doze painéis, cinco de cada lado e dois ao centro que, do lado nascente, indo do arco do cruzeiro em direção à porta, representam: Casamento de Nossa Senhora; Apresentação do Menino Jesus no templo; Apresentação da Santíssima Virgem; Anunciação e Adoração dos Pastores.

Do lado poente, começando pelo lado da porta, seguem-se: Nascimento do Menino Jesus; Visitação; Circuncisão; Fuga para o Egito e Adoração dos Magos.

No centro, próximo do arco cruzeiro, pode ver-se a morte da Virgem, rodeada pelos onze Apóstolos. Mais junto à porta, em painel de maiores dimensões, a Ressurreição e Assunção da Virgem.

Todavia, as pinturas mais expressivas são as do teto da sacristia. Num friso de medalhões que contorna o centro, estão representados os evangelistas e outros apóstolos. Ao centro está o Papa, ladeado pelo Pai Eterno, à esquerda, e Jesus, à direita. O conjunto, que ilustra a infalibilidade pontifícia, constituiu uma bela “página de teologia dogmática”. O Padre Paulo da Fonseca, que seria natural do Goulinho e foi pároco da Aldeia das Dez, terá solicitado, no ano de 1788, a concessão de várias indulgências ao Santo Padre. Como resposta, o Papa Pio VI concedeu indulgência plenária aos fiéis que, arrependidos, tendo-se confessado e comungado, visitam a Igreja de Nossa Senhora das Preces nos dias de festa.